terça-feira, 21 de outubro de 2008

Sozinho na multidão


Sozinho na multidão

Sozinho estou
O que eu faço para isso acabar
Existe varias pessoas em meu redor
Mas nem todas são especiais
Para ser certo
Nenhuma é especial

Sozinho eu caminho
Um andar com pouca pressão
Quase morrendo
Porque estou vivo, se eu não sou especial em nada?
Já sei!
Sou mais um na terra
Que deve ser lixo
Ou ate mesmo
Peças perdidas de Deus

Bonecos quebrados

Estou sozinho
Não vejo ninguém
Não sinto ninguém
Já senti! De perto de longe
Com aqueles olhos eu sentia!
Mas quem não sentiu?
Não quero ficar mais só
Mas se for mal acompanhado
Mim deixa só
Sozinho já estou

Sozinho ficarei.......


Jonas Arcelino de Macedo 08/08/2006

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Rosa negra



Essa é uma bela historia de uma garota linda que morava num alto de uma casa negra de uma pequena cidade. Sua beleza é seu grande mal, pois vive trancada com correntes e cadeados enormes, que brilhavam naquela escuridão. Nos fundos ela brincava, girava e enfeitava de rosas negras e mortas. No seu quarto, no alto de uma casa como castelo, chorava, gritava e puxava seus cabelos, sempre evitando a grande janela. Na sala tentava ligar a tv, o radio, o relógio, mas nada pegava, sentava no sofá, escrevia no ar, passava suas lindas mãos na estante cheio de poeira, colocava vasos nela cheios de flores mortas do jardim, porem nada tirava sua tristeza do rosto.
A pior parte da casa era a cozinha, pois a menina não comia, ao invés disso, enfiava as facas em seus pulsos e em seu coração, fazia cair tudo em seu corpo, abria e fechava as gavetas, sua fome e sua sede eram incontroláveis, porem nada tirava esse incomodo infinito, só um copo com água da torneira, se podemos dizer que água estava mais para um copo com barro e ferrugem. Ela colocava o frasco interiro de veneno de rato nessa água e dormia, isso parecia acabar com sua ansiedade, sua tristeza, seus anseios, sua dor, sua solidão, sua sede e sua fome.Santo remédio que durava ate o outro dia.
Estava lá, na cama outra vez, não entendia, pois era pra estar morta, de tanto sangue que derramou, de tanta ferida que se abriram e do veneno que coloco em seu copo de água, mas estavam tudo lá outra vez, as facas, os objetos em ordem na cozinha, as gavetas fechadas e o veneno cheio no armário.
Já fazia quase 100 anos que se encontrava trancada em sua própria casa, que nem sempre foi escura e feia, já teve amor, já teve saudades, já teve fúria e morte.




A cidade de Malackof ira ter uma grande apresentação de musica, sua visita era ninguém mais e ninguém menos que Hamilton De Lacuna, um grande musico de versos e partituras eruditas, sua principal paixão não era nenhuma mulher, homem ou alguma poesia, mas sim os escuros que eram destaques nos seus shows, muitos diziam que ele tinha algum pacto com as magias negras ou algo macabro.

A família Nortedran, a mais rica da região, já estava se preparando para ir ao concerto. O senhor Nicolau Nortedran foi logo para cidade falar com o prefeito e com o resto dos burgueses e a senhora Vene Nortedran se apressou logo a arrumar sua filha para fisgar o musico, que poderia ser rico e mora fora daquelas terras pequenas e pacatas de mais para o gosto dela. Falando e se arrumado foi explicito com sua Filha Belania Nortedran “Não quero saber se você é a mais bela, cobiçada ou ate mesmo a mais jovem menina que todo homem nobre faria questão de pagar, eu quero que você dê suas qualidades de olhar e beleza para esse nobre, rico, aventureiro... Hummmm!... Homem e grande artista” Sua palavras pareciam que saiam de uma vaca gemendo em um cio perturbado, então a pequena a bela de 16 anos, sem entender a reação de sua mãe, a pergunta “Para que eu faria isso?”, a mãe responde a pergunta como lê desafia-se “Hora menina! Deixa de ser uma rude com sua sorte! É para você não ficar aqui e não casar com qualquer um. Atravesse o mundo com este que também e rico. E alem disso nos estamos ficando pobres. Essa cidade não suporta nossa riqueza. Você tem que casar com esse homem e doar uma quantia muito boa para nós... sem mais nem menos... cale-se e ande-se para se ajeitar.”

Chegando no concerto, o seu pai já estava de cochicho com o grande Hamilton, apresentou a filha e disse que estava à procura de um marido, o Senhor Lacuna não estava gostando nenhum pouquinho do senhor Nortedran, parecia que tinha comido esterco de cavalo, não dava um sorriso, porem quando reparou bem na menina bela do homem que estava puxando seu saco, o seu olho negro se abriu, parecia um mau olhado, a menina se segurou no vestido da sua mãe, porem a mesma o empurro para o musico.
“Hum! Pois bem! Essa é a menina? Muito bonita! Adorei seus cabelos negros, sua pele branca e seu olhar escuro como a água do mar, que nas madrugadas estão frias e congeladas para nunca mais voltar, sempre se torturar”. Os pais ficaram assustados com tão colocação do artista e a garota estava apavorada de mais para falar algo. Para acalma-los o senhor Hamilton completou “Não me interessa casar, viver junto de alguém, só basta amaldiçoar, mas essa não é você. Eu acho.”ele virou as costas, fazendo planar por alguns segundos o seu palito.

A família Nortedran foram se sentar, nas primeiras cadeiras, na sua frente encontrava-se um único rapaz de roupas velhas, com uma camisa que só restava um botão, um macacão que não parecia dele, pois era folgado, um boné de tricô desbotado, meias rasgadas e com um sapato folgado e esbranquiçado com o tempo. Seu serviço era ajudar os outros músicos com seus instrumentos, suas sedes e suas chatices, gritavam “Josuer me traz água!”, “Josuer vira a pagina! Não seu burro! A terceira pagina!”, “Josuer penteai meu cabelo!”, “Josuer segura meu violino que a cadeira é mais importante que teus braços!”, eram 7 musicos, todos realmente idênticos a Hamilton, não só o jeito grosseiro, mais a aparência pálida, os cabelos negros e o rosto magro e longo.

Não demorou muito para as outras pessoas chegarem, uma das mais importante era o prefeito que já estava um pouco velho para andar e seu filho nobre que pelo olhar parecia que ira matar o pai. O senhor Nicolau se levantou logo para falar com o idoso de roupas pretas e uma cartola enorme negra, quase chegando ao teto. O seu filho veio em direção ao pai da mossa esfregando o dedo em seu rosto rosnando “ O que você quer outra vez?”, o homem respondeu “Quero finalmente mostra minha filha a ele. Pois ela cresceu esta muito diferente de uma garotinha bonita. Posso dizer que ela é uma verdadeira mulher”, o senhor Grigori se acamou e com simplicidade se referiu de novo “Me mostre, que eu a levarei para o meu pai”. Os dois foram encontro com a garota, o pai fez a menina levantar e o filho do prefeito beijou-la sua mão falando “Como você é linda minha pequena”, a Belania não falou nada, parecia que ela tinha mais medo do Grigori do que o musico assustador Hamilton.
Alguns nobres chegavam com suas esposas ou não, porem isso não tinha importância, reparavam a filha dos Nortedran, seus pensamentos ficavam impressionados com tanta beleza, os que já estavam sentados seus olhos pareciam que não se mexiam, era um simples espetáculo para os homens, as mulheres não gostaram muito e iniciaram um verdadeiro combate de mini tapinhas nos ombros, porem os olhos estavam arregalados na fotografia em preto e branco que o mundo se fizera ao ponto dela se levantar para cumprimenta o príncipe da cidade.
O jovem filho do prefeito, Grigori, reparou a bagunça que a menina provocou, chamou o pai dela de lado e falou “Quero sua filha. Pago o que você quiser. Posso ate mesmo coloca-lo como vice-prefeito da cidade”, o homem viu sua oportunidade em suas mãos, porem ele simplesmente só esta fazendo isso pra sua filha correr da grande crise que vai alastra as suas riquezas, não tinha jeito, pensando que ela vai ser feliz, pois a historia se repetiu com sua mulher, dirigiu-se ao homem de 37 anos que ainda vivia nas custas do pai “Esta bem! Porem que desde pequena, a minha filha é achada por muitos nobres que querem casar com ela, existe ate uma aposta de quem vai casar com ela na cidade. Se não fosse por minha mulher e eu, ela já estava entregue aos leões. Quero tudo isso assinado no cartório, as suas promessas e seus recursos para sustentar minha filha”, o príncipe Grigori concorda com aperto de mão, e se for possível amanha mesmo estaria lá no alto na casa dos Nortedran.


O conserto iria se iniciado, um dos músicos se levanta e se apresenta a platéia do teatro, seu nome era Raul de Lasevir, descrevendo o que vai ser mostrado as cores começam a mudar de branco para cinza, de claro para escuro, um grande órgão começa aparecer no meio dos músicos, seus canos eram enormes, soltavam uma espécie de fumaça preta, sua madeira era negra como um diamante e no centro de tudo isso aparece de costa, sentado em um banco, o Hamilton De Lacuna, com seus dedos largos e magros apontados para o órgão gigante e com seu pescoço totalmente esticado para baixo, olhando fixamente para o instrumento, quando o musico anuncia seu mestre ele senta em uma das cadeiras ao redor, pega seu violino e começa a tocar com muita precisão. O show estava começando, os 7 se dividam em dois violinos, dois violoncelos, um conjunto de bumbos e marimbas e uma flauta arrojada de prata.

O som parecia leve com uma pequena feminilidade, parecia que ecoava uma voz por traz. Os violinos e os violoncelos se agitavam como verdadeiras risadas, como quatros risos seguidos, e se acalmava novamente, o Hamilton ainda não estava tocando, estava parado com a mesma posição que entrou. Quando ninguém esperava os bumbos e as marimbas se agitaram, o grande órgão inicia uma batalha entre os seus sons e os outros instrumentos, estão com uma perfeição de quatros risadas e três toques como de um grande sino. A sua voz começava a sair, uma cantoria que todos estavam hipnotizados com grande escuridão, batidas do coração e emoção grandiosa.

A noite esta fria para a morte ser tão escura
Feliz eu fico quando vejo você em belos túmulos
Não encaro as condições da vida tão simples
Choros são escutados todos os dias
Não vivemos nos céus dos arcanjos brancos
Hoje não tem fim esse concerto que não se morre

Ficar rico para que
Ficar triste para nada
Não é assim que vive a tal vida que vocês tanto amam

Vou ser sua morte hoje nesta musica
Não leio poemas e nem quero vê essas caras belas
O escuro é minha vida, é minha amiga
Republicados vos digo o amor não tem fronteiras
Saberás que eu não estou cheio das maldições
Porem essa minha se chamara a minha morte

Ficar infeliz para quem
Ficar intocável para não ter
Não é assim que vive a tal vida que vocês tanto amam


Neste exato momento o cantor olha para Belania e ressalta o ultimo verso da musica.

Recua vos da minha terra negra
Não sou branco por tal presença divina
Mas para quer chora minha menina
Nos somos simples mercados da vida
Querer ser melhor que alguém
Querer amar os escolhidos
Não fique triste
Olhe para frente e verá o seu verdadeiro amor
Seu verdadeiro querido

A garota se identifica com a canção, olha para frente e vê nas brechas das cortinas um lindo jovem violoncelista...



continua....

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Beijar calado


Beijar calado
Tentar ao Maximo
Chorar virado
Não morrer ao chato
Viver cercado
Trabalhar pelado
Não ter errado
Ficar parado
Fugir amarrado
Sorrir afastado
Olhar de lado
Não ser invejado
Segurar um fardo
Ter sonhado
Morar deitado
Vai ser um saco
Colar no ato
Não ter pensado
Tomar no gargalo
Não ser forjado
Ser escravo
Ler o que foi dado
Amar errado
Sentir calado
Amor sincero
Olho fechado
Beijar calado

Vou voltar a estudar
Pois estou na aula da logística dos sonhos
Vou voltar ao não lembrar
Da sua boca física que comove os meus sonhos

Poema ou palavras não pensadas
Mas ensaiadas pelo coração

Jonas Arcelino de macedo 01/10/2008