15 anos sem Chico
Na compra dos tambores, dos óculos e das guitarras para
fazer o movimento que carregava em seu coração o manifesto do desenvolvimento
cultural e social do povo miserável do Recife e de todo Brasil, foi onde surgiu
o Chico Science, mistura de Francisco de Assis com a ciência em inglês para
focar toda tecnologia dos estrangeiros, foi o mato com o pop, a peixeira com o
computador, o gibão de couro em um robô. Chico Science mistura viva de sua arte
que desenvolveu todo apogeu das linhas do tempo, misturando o velho e o novo, o
contemporâneo e o atual. Hoje podemos dizer que a internet e toda essa
tecnologia esta velha e chata, o novo ainda voltara com idéias novas de novos artistas
inspirado em Chico. Pergunto se na época dos 15 anos atrás a tecnologia já estava
velha e o mangue que se renova todo dia era o novo da vez? Pois é, seguimos em
frente nas redes sócias, nas antenas enlatadas de nossas mentes, no parafuso
solto que vive no meu bolso se tremendo em uma caixinha barulhenta que só me dá
aperreio, vivo acorrentado nesse cartão, nesses boletos elétricos, nesse
extrato doido bancário, vivo hoje como escravo e transformo tudo isso em meu
dono. A natureza, o caboclo, o frevo, o samba, o maracatu, a alfaia, a rabeca e
todas as ferramentas policulturas de nossas origens históricas, são todas
novidades dentro de um mundo de senhores, mas quando pega no chicote em triunfo
de um careta, vira criança como Jesus mandou.
Novo Movimento Manguenet!
Desinstalado da rua
Quando eu era criança
Vivia correndo dentro das casas dos vizinhos
Brincando de pega pego, esconde-esconde e pião
Hoje danço minha ciranda
Vendo humanos elétricos em seus trabalhos
Transformando o sangue em ferro com agressão
Agressão pra si mesmo
Colocando sua vida em risco
Esquecendo no próximo
Fazendo tudo isso dentro das paixões
Vícios orgulhosos nas balanças
Querendo correr para lua dentro de destroços
Consumindo a alma enlatada da lama nessa conexão
Quando eu era criança
Meu prazer era viver juntando cacos
Sem se preocupar no amanha, só existindo gratidão
“As paredes da cidade nada mais é lama vermelha e cinza
que protege nossas cabeças dos urubus famintos que comem do mesmo jeito pela
internet
As laterais
fechadas fazem esquecer que é na rua que estar nossas crianças, nossos jovens
em drogas, nossos velhos morrendo de fome lá out
Flores do tempo fazem os jovens serem fortes para a incrível
paz que chegará nesses mangues e morros habitados...
Nesses mangues e morros habitados...”
Colocado no papel por Jonas Arcelino de Macedo
Inspirado no Francisco de Assis França, mais conhecido como Chico Science
02/02/2012
Colocado no papel por Jonas Arcelino de Macedo
Inspirado no Francisco de Assis França, mais conhecido como Chico Science
02/02/2012
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