quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

15 anos sem Chico





15 anos sem Chico

Na compra dos tambores, dos óculos e das guitarras para fazer o movimento que carregava em seu coração o manifesto do desenvolvimento cultural e social do povo miserável do Recife e de todo Brasil, foi onde surgiu o Chico Science, mistura de Francisco de Assis com a ciência em inglês para focar toda tecnologia dos estrangeiros, foi o mato com o pop, a peixeira com o computador, o gibão de couro em um robô. Chico Science mistura viva de sua arte que desenvolveu todo apogeu das linhas do tempo, misturando o velho e o novo, o contemporâneo e o atual. Hoje podemos dizer que a internet e toda essa tecnologia esta velha e chata, o novo ainda voltara com idéias novas de novos artistas inspirado em Chico. Pergunto se na época dos 15 anos atrás a tecnologia já estava velha e o mangue que se renova todo dia era o novo da vez? Pois é, seguimos em frente nas redes sócias, nas antenas enlatadas de nossas mentes, no parafuso solto que vive no meu bolso se tremendo em uma caixinha barulhenta que só me dá aperreio, vivo acorrentado nesse cartão, nesses boletos elétricos, nesse extrato doido bancário, vivo hoje como escravo e transformo tudo isso em meu dono. A natureza, o caboclo, o frevo, o samba, o maracatu, a alfaia, a rabeca e todas as ferramentas policulturas de nossas origens históricas, são todas novidades dentro de um mundo de senhores, mas quando pega no chicote em triunfo de um careta, vira criança como Jesus mandou.

Novo Movimento Manguenet!


Desinstalado da rua

Quando eu era criança
Vivia correndo dentro das casas dos vizinhos
Brincando de pega pego, esconde-esconde e pião

Hoje danço minha ciranda
Vendo humanos elétricos em seus trabalhos
Transformando o sangue em ferro com agressão

Agressão pra si mesmo
Colocando sua vida em risco
Esquecendo no próximo
Fazendo tudo isso dentro das paixões

Vícios orgulhosos nas balanças
Querendo correr para lua dentro de destroços
Consumindo a alma enlatada da lama nessa conexão

Quando eu era criança
Meu prazer era viver juntando cacos
Sem se preocupar no amanha, só existindo gratidão

“As paredes da cidade nada mais é lama vermelha e cinza que protege nossas cabeças dos urubus famintos que comem do mesmo jeito pela internet
 As laterais fechadas fazem esquecer que é na rua que estar nossas crianças, nossos jovens em drogas, nossos velhos morrendo de fome lá out

Flores do tempo fazem os jovens serem fortes para a incrível paz que chegará nesses mangues e morros habitados...

Nesses mangues e morros habitados...”


Colocado no papel por Jonas Arcelino de Macedo
Inspirado no Francisco de Assis França, mais conhecido como Chico Science
02/02/2012

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